sexta-feira, 23 de março de 2012

ANA CAIANA É BAJULADA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


DEPOIS DE GRANDE PRESSÃO DE INTELECTUAIS E ARTISTAS CONTRA A INGERÊNCIA E AUTORITARISMO DA ATUAL MINISTRA DA CULTURA ANA CAIANA, ELA FOI, NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA AO CONGRESSO PARA SE EXPLICAR. O RESULTADO FOI UM SHOW DE BAJULAÇÃO, PANOS QUENTES E PIADINHAS AFETIVAS.
PELO JEITO ANA CAIANA NÃO VAI CAIR DO GALHO TÃO CEDO.

Carta pede saída de ministra
Publicado no Jornal OTEMPO em 20/03/2012
Avalie esta notícia » 
  • Notícia
  • Comentários(2)
  • Compartilhe
  • Mais notícias
A
A
FOTO: ELZA FIÚZA/ABR
Controvérsia. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, cujo trabalho não vem agradando o setor
São Paulo. Está sendo o início de uma semana crucial para a atual ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Desde o fim da semana passada, manifestos de artistas e intelectuais começaram a circular pedindo abertamente sua substituição à presidência Dilma Rousseff. São assinados por gente à direita e à esquerda, moderados e radicais, notáveis e anônimos militantes da cultura digital.

O principal documento, encaminhado ao governo, conta com a assinatura de nomes fortes da intelectualidade brasileira: Marilena Chauí, Eduardo Viveiros de Castro, Suely Rolnik, Laymert Garcia dos Santos, Gabriel Cohn, Manuela Carneiro da Cunha e Moacir dos Anjos.

"É inevitável constatar que houve inúmeras perdas de visibilidade e de nitidez no horizonte da política cultural, comprometendo a imagem de um país que avança para o futuro sem perder a relação com seu passado, e que se moderniza sem destruir suas tradições", diz o texto, em referência aos "avanços" relacionados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que teve, por boa parte de seus oito anos, a presença de Gilberto Gil no Ministério da Cultura.

E continua a carta: "Depois de inúmeras notícias desalentadoras ao longo do ano que passou, a opinião pública constata que a presente gestão de nossa política cultural vem se mostrando descomprometida com o legado das conquistas recentes neste âmbito, como o atestam as inúmeras iniciativas de grande impacto dentro e fora do país".

Com nove parágrafos, o documento se coloca abertamente contrário à gestão de Ana de Hollanda e reivindica "um(a) ministro(a) que alie uma escuta fina para a diversidade cultural, no acompanhamento das complexas demandas culturais internas e na articulação ousada com o cenário internacional, sobretudo em torno dos problemas deste novo estatuto da cultura".

Outro documento, que será entregue à Casa Civil e cujo primeiro nome assinado é o da atriz Fernanda Montenegro, também pede mudanças no ministério e lança o nome de Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, como benquisto para exercer a função e que "faria a diferença".

Anteriormente, Miranda se mostrava reticente à possibilidade (seu nome já foi especulado antes). Mas, agora, ele diz a interlocutores que, se convidado, aceitaria.

Ana de Hollanda desfruta hoje de uma rara unanimidade negativa, mais ainda após recentes controvérsias em torno do Ecad (Escritório de Arrecadação e Distribuição de Direitos), acusado de ter sido favorecido pela gestão da ministra.
SITE FOLHA DE SÃO PAULO, 20/03/2012 - 15h36

Planalto garante permanência de Ana de Hollanda na Cultura

PUBLICIDADE
 
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O governo negou nesta terça-feira (20) que a ministra Ana de Hollanda (Cultura) estaria deixando o cargo. Ela tem uma gestão marcada por críticas e poucas realizações.
A ministra participou na manhã de hoje de cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de Programa Nacional de Educação no Campo, o Pronacampo.
Ana chegou pouco antes do início da solenidade e, descontraída, conversou com outros ministros. Ao final do evento, ela recebeu um abraço e trocou poucas palavras com a presidente Dilma Rousseff.
Segundo a ministra Helena Chagas (Secretaria de Comunicação), Ana "não está de saída do governo". A informação foi repassada após Helena ter sido chamada pela presidente.
Com a virada do ano, houve a expectativa de uma reforma ministerial e o nome da ministra figurava entre as possíveis trocas.
Um dos primeiros problemas de sua gestão foi a retirada do selo "Creative Commons", que facilita o trânsito de obras na internet, já que regulamenta os direitos do autor sem que haja necessidade de contrato escrito.
Outra crítica de parte do setor cultural é que ela não teria se empenhado para garantir um corte menor no Orçamento da Cultura.
A ministra foi alvo de campanha contra ela dentro do próprio PT, que teve início quando cancelada a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa.
No ano passado, a CGU (Controladoria Geral da União) também determinou que Ana devolvesse cinco diárias que recebeu quando estava no Rio de Janeiro sem compromissos oficiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário