sexta-feira, 23 de março de 2012

O REGIME DO PABLITO

O REGIME DO PABLITO - Mc Dadão/Mc Blisset

MC DADÃO/MC BLISSET 4 days ago

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TO PT DA VIDA

TO PT DA VIDA

Renato Villaça  about 6 hours ago

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ANA CAIANA É BAJULADA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


DEPOIS DE GRANDE PRESSÃO DE INTELECTUAIS E ARTISTAS CONTRA A INGERÊNCIA E AUTORITARISMO DA ATUAL MINISTRA DA CULTURA ANA CAIANA, ELA FOI, NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA AO CONGRESSO PARA SE EXPLICAR. O RESULTADO FOI UM SHOW DE BAJULAÇÃO, PANOS QUENTES E PIADINHAS AFETIVAS.
PELO JEITO ANA CAIANA NÃO VAI CAIR DO GALHO TÃO CEDO.

Carta pede saída de ministra
Publicado no Jornal OTEMPO em 20/03/2012
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FOTO: ELZA FIÚZA/ABR
Controvérsia. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, cujo trabalho não vem agradando o setor
São Paulo. Está sendo o início de uma semana crucial para a atual ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Desde o fim da semana passada, manifestos de artistas e intelectuais começaram a circular pedindo abertamente sua substituição à presidência Dilma Rousseff. São assinados por gente à direita e à esquerda, moderados e radicais, notáveis e anônimos militantes da cultura digital.

O principal documento, encaminhado ao governo, conta com a assinatura de nomes fortes da intelectualidade brasileira: Marilena Chauí, Eduardo Viveiros de Castro, Suely Rolnik, Laymert Garcia dos Santos, Gabriel Cohn, Manuela Carneiro da Cunha e Moacir dos Anjos.

"É inevitável constatar que houve inúmeras perdas de visibilidade e de nitidez no horizonte da política cultural, comprometendo a imagem de um país que avança para o futuro sem perder a relação com seu passado, e que se moderniza sem destruir suas tradições", diz o texto, em referência aos "avanços" relacionados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que teve, por boa parte de seus oito anos, a presença de Gilberto Gil no Ministério da Cultura.

E continua a carta: "Depois de inúmeras notícias desalentadoras ao longo do ano que passou, a opinião pública constata que a presente gestão de nossa política cultural vem se mostrando descomprometida com o legado das conquistas recentes neste âmbito, como o atestam as inúmeras iniciativas de grande impacto dentro e fora do país".

Com nove parágrafos, o documento se coloca abertamente contrário à gestão de Ana de Hollanda e reivindica "um(a) ministro(a) que alie uma escuta fina para a diversidade cultural, no acompanhamento das complexas demandas culturais internas e na articulação ousada com o cenário internacional, sobretudo em torno dos problemas deste novo estatuto da cultura".

Outro documento, que será entregue à Casa Civil e cujo primeiro nome assinado é o da atriz Fernanda Montenegro, também pede mudanças no ministério e lança o nome de Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, como benquisto para exercer a função e que "faria a diferença".

Anteriormente, Miranda se mostrava reticente à possibilidade (seu nome já foi especulado antes). Mas, agora, ele diz a interlocutores que, se convidado, aceitaria.

Ana de Hollanda desfruta hoje de uma rara unanimidade negativa, mais ainda após recentes controvérsias em torno do Ecad (Escritório de Arrecadação e Distribuição de Direitos), acusado de ter sido favorecido pela gestão da ministra.
SITE FOLHA DE SÃO PAULO, 20/03/2012 - 15h36

Planalto garante permanência de Ana de Hollanda na Cultura

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O governo negou nesta terça-feira (20) que a ministra Ana de Hollanda (Cultura) estaria deixando o cargo. Ela tem uma gestão marcada por críticas e poucas realizações.
A ministra participou na manhã de hoje de cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de Programa Nacional de Educação no Campo, o Pronacampo.
Ana chegou pouco antes do início da solenidade e, descontraída, conversou com outros ministros. Ao final do evento, ela recebeu um abraço e trocou poucas palavras com a presidente Dilma Rousseff.
Segundo a ministra Helena Chagas (Secretaria de Comunicação), Ana "não está de saída do governo". A informação foi repassada após Helena ter sido chamada pela presidente.
Com a virada do ano, houve a expectativa de uma reforma ministerial e o nome da ministra figurava entre as possíveis trocas.
Um dos primeiros problemas de sua gestão foi a retirada do selo "Creative Commons", que facilita o trânsito de obras na internet, já que regulamenta os direitos do autor sem que haja necessidade de contrato escrito.
Outra crítica de parte do setor cultural é que ela não teria se empenhado para garantir um corte menor no Orçamento da Cultura.
A ministra foi alvo de campanha contra ela dentro do próprio PT, que teve início quando cancelada a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa.
No ano passado, a CGU (Controladoria Geral da União) também determinou que Ana devolvesse cinco diárias que recebeu quando estava no Rio de Janeiro sem compromissos oficiais.

DE VOLTA AOS ANOS 80!!! DE OLHO EM 2012.



Depois de muitos anos tentando emplacar suas próprias composições nos gêneros rock alternativo, música minimalista e mpb refinada, o compositor Renato Villaça se rende ao segmento musical teen e lança versão inédita do megahit do grupo Dominó, nos anos 80.

Dedicado especialmente aos companheiros do Ocupe Câmara, Fora Lacerda, Solidários Anônimos e Jornalistas de Bobeira.


To PT da vida.
Virei compositor de Marchas.
Sobre uma corja de comparsas.
Já acham que sou humorista.
To PT da vida.
Mas não dá pra ficar calado
E agora nós somos culpados
Nos chamam de desocupados
Porque tocamos nas feridas.
To PT da vida.
Não acredito nos partidos.
Nas alianças de bandidos.
E as esperanças dos fudidos
Em suas caras são traídas.
To PT da vida.
De engolir tanta coxinha.
Os picolé e as empadinha.
E o pirulito na rosquinha
Até me deu dor de barriga.
Tô de saída...
Tô de saída...
(versão da música original do grupo Dominó, hit teen da década de 80)


CLIQUE ABAIXO PARA ESCUTAR "TO PT DA VIDA":

TO PT DA VIDA

CAMPANHA ESPECIAL DE PÁSCOA - PABLITO GULOSEIMAS


Profissionais de marketing e criativos das mais altas gabaritadas equipes publicitárias de Belo Horizonte desenvolvem campanha de páscoa para a nova sensação do comércio varejista alimentício da cidade. PABLITO GULOSEIMAS.

ESCUTE O JINGLE EXCLUSIVO ABAIXO, REALIZADO PELA KABUL SOUNDS, BY MC DADÃO/MC BLISSET, versão não autorizada da COXINHA DA MADRASTA, de Flávio Henrique.

O REGIME DO PABLITO

sexta-feira, 16 de março de 2012

SE LIGUE, CEMIG!!!


Até o início dos anos noventa, aproximadamente, a CEMIG construiu uma reputação invejável entre as prestadoras de energia elétrica no Brasil, e foi referência de atendimento das demandas energéticas em todo o mundo. Um ...motivo de orgulho ao povo mineiro, que ao ir ao Rio de Janeiro e se deparar com a LIGHT levantava as mãos aos céus agradecendo por sua situação. O mesmo acontecia com a COPASA, outra companhia 100% estatal até então.

Eis que surge a onda das privatizações e abertura para o capital multinacional das companhias telefônicas, siderúrgicas e diversas outras empresas, na corrente do neoliberalismo de FHC. “É um absurdo o Estado manter tantas empresas, com tão bons serviços, e ainda subsidiá-las em momentos de crise e instabilidade, garantindo a excelência de seus serviços aos cidadãos mineiros”, diziam eles. Era bom demais pra ser verdade. Afinal, o país já estava atrasado no processo da globalização econômica.

Pois bem. Moro em Lagoa Santa e trabalho em Belo Horizonte. A água da COPASA que chega na torneira da minha casa, em tempos de chuva, vira barro, além de conter permanentemente uma grande quantidade de calcáreo, o que torna-a não-potável e agressiva à pele e aos cabelos. A luz da CEMIG também cai sempre que arma qualquer chuvinha. Tenho um arsenal de velas e lanternas estrategicamente distribuídas pelos cômodos da casa para tais situações.

Ontem apresentaria uma AULA-SHOW no belo teatro Ney Soares, do UNI-BH, em Belo Horizonte. A equipe de som, de projeção e a banda passaram toda a tarde trabalhando e às 17:20 praticamente já havíamos passado o som para aguardar a apresentação, que seria às 20:30. Cerca de dez minutos depois a energia caiu e não retornou mais, obrigando a faculdade a cancelar a aula inaugural do Instituto de Comunicação e Design e o show que ocorreria em seguida. Essa não foi a primeira, nem a segunda, nem a décima vez que esse tipo de incidente aconteceu naquela faculdade. Recordo-me que no período de pré-campanha para a presidência da república, o professor e senador Cristovan Buarque foi obrigado a proferir sua palestra nesse mesmo auditório no escuro e aos gritos, pois acabou a luz. Diversas vezes os laboratórios de informática e multimídia param de funcionar devido à vergonha que é a prestação de serviços elétricos oferecida pela CEMIG atualmente. Algumas delas as aulas tiveram que ser canceladas, com alunos e professores voltando pra casa.




Meu pai trabalhou na CEMIG a vida inteira e se aposentou justamente na época do processo de abertura ao capital privado. Participou de todo o processo de construção do edifício sede e conseguiu se aposentar mantendo um salário digno, graças à FORLUZ, plano de saúde e aposentadoria complementar mantido pelos funcionários da empresa. Recebia, ao longo dos anos de trabalho um décimo quarto salário, conhecido como “Maria Rosa” e que nos folgava nas férias.

Hoje os funcionários de carreira da CEMIG já não têm mais as regalias, confortos e garantias de rendimentos que meu pai teve. Aliás, esse tipo de funcionário parece estar entrando em extinção na empresa. Ao invés de contratar, treinar e aperfeiçoar funcionários de carreira, a CEMIG cada vez mais terceiriza seus serviços, sublocando equipes técnicas de atendimento de empresinhas de ocasião. Quando você topar com algum funcionário dando manutenção na rede elétrica perto da sua casa, pergunte a ele quem paga seu salário. A CEMIG dificilmente será.

É com muito pesar que assisto à decadência de duas empresas que, em seus períodos estatais foram modelos exemplares de fornecimento de LUZ e ÁGUA, serviços essenciais e estratégicos para o desenvolvimento de qualquer sociedade, a partir da abertura ao capital privado. Não vale a pena nem começar a falar das operadores de telefonia e seus serviços de atendimento ao consumidor, não é mesmo? Fica pra outra vez, pois já gastei uma página inteira com isso.

Acho que o UNI-BH deveria acionar judicialmente a CEMIG e cobrar os prejuízos e transtornos que partilham com seus professores, funcionários e alunos e reivindicar uma bela multa devido à péssima qualidade de sua energia e atendimento.

Talvez a AULA-SHOW sobre marchinhas carnavalescas polêmicas, clássicas e atuais, seja remarcado em outra data. Informarei a todos por aqui. E dessa vez haverá uma canção a mais: “SE LIGUE, CEMIG”!


PS: SÓ CONSEGUI ESCREVER ESTE TEXTO INTEIRO SEM SER INTERROMPIDO GRAÇAS À BATERIA DE MEU NOTEBOOK. ADIVINHEM... ESTÁ SEM LUZ AQUI EM CASA AGORA.

SE LIGUE, CEMIG.

terça-feira, 6 de março de 2012

FUNK DA VERTICALIZAÇÃO

FUNK DA VERTICALIZAÇÃO

ATENÇÃO PESSOAL DA PAMPULHA E DE LAGOA SANTA!!! CHEGOU O BONDE DO FUNK DE PUTARIA!


As cidades de Lagoa Santa e Belo Horizonte atualmente passam por um processo parecido em relação às suas maiores lagoas: a verticalização.
Depois de ter assumido o compromisso de não verticalizar a região da Pampulha no debate da BAND de 2008, quando foi candidato, o excelentíssimo prefeito de BH cujo nome começa com "m" e termina com "erda" agora defende a construção de enormes edifícios hoteleiros nessa mesmíssima região. Em Lagoa Santa a prefeitura também briga com a população para a construção desses "resorts" na orla da Lagoa Central, o que vai impactar não apenas a vida dos moradores da cidade, mas também o equilíbrio ecológico de uma região arqueológica das mais ricas do Brasil.

No link abaixo, escutem em primeira mão o FUNK DA VERTICALIZAÇÃO, pérola do cancioneiro de putaria proibida que acaba de ser lançado pela dupla MC DADÃO e MC BLISSET, em que constam as citações da Marcha da Estação e da referida fala do então candidato a prefeito.

CLIQUE PARA ESCUTAR O FUNK DA VERTICALIZAÇÃO

Abaixo a matéria do jornal O ESTADO DE MINAS, com o link para o trecho do debate pré-eleitoral da BAND.

Estado de Minas
Publicação: 06/03/2012 06:00 Atualização: 06/03/2012 10:32

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), jogou nessa segunda-feira um balde de água fria nas esperanças dos moradores da Pampulha em reverter a decisão do município que autorizou a construção de dois hotéis de 13 andares na Avenida Alfredo Camarate, numa área localizada a apenas 1km da orla. A permissão para as obras dos espigões foi dada quinta-feira, durante reunião do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur). Nessa segunda-feira,  prefeito sinalizou estar de acordo com os empreendimentos: “Os hotéis não vão se destacar na paisagem e não trazem impacto para o trânsito. Estamos absolutamente tranquilos em relação a eles”.

Questionar os impactos na vizinhança é justamente uma das armas que associações de moradores da Pampulha e de outras áreas da cidade estão usando para tentar barrar os empreendimentos. O pedido de audiência feito ao prefeito no início da semana passada para discutir o assunto continua sem resposta. Enquanto isso, as entidades aguardam o resultado da representação enviada ao Ministério Público pedindo a declaração de ilegalidade dos edifícios para ver se será necessário outra ação na Justiça para questionar a reunião do Compur.

A representação foi protocolada na Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo dia 19, apontando possíveis irregularidades no processo de aprovação do empreendimento, entre eles a inconstitucionalidade. “Tratamos da supressão de parâmetros restritivos da Área de Diretrizes Especiais (ADE) Pampulha para a implantação de regras mais flexíveis. Qualquer elemento que torne mais razoável está usurpando da cidade algo que é constitucional”, afirma o presidente da Associação Amigos da Pampulha, Flávio Campos. A promotoria prometeu uma decisão nas próximas semanas. O MP vai analisar se os edifícios ferem a legislação, o impacto ambiental para a área de diretrizes especiais, entre outros aspectos legais.

Sobre a reunião de quinta, Campos é categórico: “Vários elementos já nos indicavam que ali seria uma decisão política, que abandonou todos os trabalhos feitos de acordo com a lei. Todos os integrantes do conselho falaram por 25 minutos e os da comunidade tiveram 3 minutos, sem direito a réplica ou tréplica. A Pampulha é da cidade inteira, é para sempre, mas primeiro tem que ser preservada, se não muito em breve não será de ninguém”.

Em 2008, durante debate com outros candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, Lacerda se mostrava contra a verticalização da Pampulha. “Verticalização da Pampulha nunca, não dá, é impossível”, dizia. Veja neste vídeo.

 
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/03/06/interna_gerais,281660/prefeito-defende-a-verticalizacao-na-pampulha.shtml#.T1YHFAEape0.facebook

sexta-feira, 2 de março de 2012

CLIP PING COXINHA DA MADRASTA/MARCHA DA ESTAÇÃO NEWS MIX!!!

Direto do acaso do youtube.
Sensacional.
Um dossiê musicado.

É isso aí, minha gente. Como as coisas mudam...

Vejam o que ele disse em 2008 e o que faz em 2012:

Em 2008:

LINK DO YOUTUBE - PROMESSA DE CAMPANHA DE MÁRCIO LACERDA - 2008

Em 2012:

Conselho define hoje se libera dois empreendimentos de hotelaria na Pampulha Parte dos moradores se opõe a projetos e cobra também explicações sobre possível feira próxima ao zoo

Canteiro de obras de hotel na Avenida Alfredo Camarate já está montado: entre alguns moradores, há temor de impacto sobre o patrimônio e meio ambiente (Euler Júnior/EM/d.A Press - 21/10/11)
Canteiro de obras de hotel na Avenida Alfredo Camarate já está montado: entre alguns moradores, há temor de impacto sobre o patrimônio e meio ambiente
 

Estimada pela beleza natural e arquitetônica, a Pampulha ainda discute a verticalização em parte da região e se vê às voltas com outra obra: uma possível feira de artesanato com 700 barracas e público estimado de 5 mil pessoas todos os sábados e domingos. Previsto para inaugurar em 3 de março, o empreendimento ainda não passou pelo aval da prefeitura, mas já desagrada a moradores da região. Nesta quinta-feira, o futuro de dois hotéis projetados para a área pode ser decidido. A construção dos edifícios perto da Lagoa da Pampulha – de 48m e 59m de altura – será analisada pelo Conselho Municipal de Política Urbana (Compur).

O veredito dos conselheiros é uma das últimas fases para que os prédios, com canteiros de obras montados, comecem a ser erguidos na Avenida Alfredo Camarete, no Bairro São Luiz, bem perto do estádio Mineirão. Durante a reunião, a relatora dos dois projetos, Gina Rende, secretária adjunta de Planejamento Urbano, apresentará seus pareceres, ambos favoráveis às edificações, com algumas reservas. Uma das ressalvas comuns aos dois documentos é de que os prédios tenham altura reduzida para 40 metros.

A limitação, porém, encontra resistência entre parte dos moradores, que mostrarão a conselheiros parecer técnico contrário aos hotéis elaborado no Fórum da Área de Diretrizes Especiais (Fade) da Pampulha, órgão consultivo formado por membros da sociedade civil, prefeitura e comunidade. As edificações estão em parte da Área de Diretrizes Especiais (ADE) da Pampulha, que foi flexibilizada por alterações na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

As mudanças permitiram a construção de edifícios com mais de 9m de altura e o aumento da taxa de ocupação dos terrenos, conforme o Estado de Minas mostrou em série de reportagens em outubro. Os hotéis ainda se beneficiam da lei que visa melhorar a infraestrutura de Belo Horizonte para a Copa do Mundo de 2014 e abre a possibilidade de construtoras erguerem prédios maiores na capital. Com 48m, o Bristol Stadium Hotel prevê 13 andares e 334 unidades, além de 174 vagas de estacionamento.

Já o Hotel Go Inn tem 59 metros de altura, cerca de 15 andares, 375 unidades e 137 vagas de estacionamento. Os dois empreendimentos já passaram pelo crivo do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH e foram aprovados, apesar da resistência do Fade. Além de considerar a medida inconstitucional, o parecer do fórum sustenta que as obras terão grande impacto sobre o patrimônio histórico e oferecerão riscos ao lençol freático e a nascentes.

Preocupação 

“A flexibilização de lotes é inconstitucional. A lei que estabelece a Área de Diretrizes Especiais da Pampulha protege a região como um santuário”, defende um dos integrantes do Fade, Flávio Marcus Ribeiro de Campos, da Associação dos Amigos da Pampulha. “Estamos muito preocupados também porque somente um dos empreendimentos, o Bristol Stadium, passou pelo fórum, sendo que do Hotel Go inn recebemos poucos documentos. Segundo a lei, todos as construções na região tem que passar pelo FADE, cuja missão é fazer cumprir os parâmetros da ADE Pampulha”, acrescenta Flávio.

A conselheira do Compur Cláudia Pires, uma das diretoras do Instituto dos Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB/MG), diz que ainda estuda os pareceres sobre os prédios. “Amanhã (hoje) vamos analisar os motivos do parecer favorável. A Pampulha é uma área extremamente frágil do ponto de vista ambiental. Meu voto só será definido a partir da garantia do menor impacto possível”, afirma.

Responsável pelo Bristol Stadium, Milton Alves de Freitas Júnior, da CMR Construções, diz que o empreendimento está a cerca de um quilômetro da Igreja da Pampulha e que Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) indicou aprovação pelos moradores dos arredores. “Cumprimos todas as normas e diretrizes. Há mais de um ano esse processo está na prefeitura. Estamos no gargalo para começar a obra”, afirma. A Brisa Empreendimentos Imobiliários, responsável pelo Hotel Go Inn, foi procurada, mas não retornou a ligação até a noite dessa quarta-feira.

Feira intriga até a prefeitura

Área onde empreendedores anunciam feira para daqui a 35 dias: secretário da Regional Pampulha desconhece licenciamento (Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Área onde empreendedores anunciam feira para daqui a 35 dias: secretário da Regional Pampulha desconhece licenciamento


Em frente ao lote arborizado, a placa anuncia para 3 de março o início de uma megafeira de artesanato e alimentação no terreno de 17 mil metros quadrados situado em endereço privilegiado, ao lado do zoológico e bem na orla da Lagoa da Pampulha, no Bairro Braúnas. Daqui a 35 dias, empreendedores prometem dar início às atividades da Ecofeira, espaço para 700 barracas – equivalente a um terço da Feira da Afonso Pena –, 600 vagas de estacionamento, área para exposição de carros, circos e espaço infantil.

O empreendimento, marcado para abrir as portas três dias depois do encerramento da Feira do Mineirinho, que passará por obras para a Copa de 2014, assusta a comunidade e intriga a prefeitura. “Essa feira trará impacto enorme na região, cujo trânsito já está estrangulado. A grande preocupação dos moradores é tornar compatível o crescimento com a preservação do patrimônio histórico e ambiental da Pampulha, que é um bem de toda a cidade”, afirma Lucimar Brasil, um dos integrantes da Associação do Bairro Viver Bandeirantes, vizinho ao local.

O gerente da Ecofeira, Ricardo Dias, da organização não-governamental ABC Libertas, afirma que a iniciativa foi criada para ser atração durante a Copa – com barracas de roupas, bijuterias, alimentação, decoração –, opção para quem frequenta a Feira da Afonso Pena e alternativa para feirantes do Mineirinho, sem teto a partir de 29 de fevereiro. O valor da adesão varia de R$ 750 a R$ 1 mil. “Só faltam 20 vagas para completarmos e direcionamos 300 barracas para pessoas carentes. A feira tem um lado social”, ressalta Ricardo. “Está tudo totalmente regular e só precisaremos da licença quando começarmos a funcionar”, acrescente.

O secretário municipal da Regional Pampulha, Osmando Pereira, nega ter recebido qualquer pedido de licenciamento da Ecofeira, tanto na Secretaria Adjunta Municipal de Regulação Urbana quanto na regional, e afirma que a fiscalização já estar preparada para coibir funcionamento irregular. “O licenciamento de feiras é um processo longo e de impacto, ainda mais numa Área de Diretrizes Especiais como a Pampulha, e necessitaria de passar pelo Compur”, afirma o secretário, que alerta interessados: “Vimos as divulgações e tememos de que seja um crime e feirantes tenham algum prejuízo”.

Preocupada com a indefinição em relação aos quase 600 feirantes do Minerinho, a presidente da associação dos comerciantes do ginásio (Assema), Antônia Lúcia Pereira Lima, ressalta que não há interesse dos artesãos em ir para perto do zoológico. “Estamos lutando para continuar no Mineirinho”, diz Antônia. (FA)


Análise da notícia:
Patrimônio deve ser protegido

A importância cultural, histórica e arquitetônica da Pampulha transcende os limites de Minas e do Brasil. A região, idealizada por JK para ser o bairro residencial mais bonito do mundo, tornou-se referência internacional ao unir a genialidade de Niemeyer, Burle Marx e Portinari. Este é um legado de todos os mineiros, que não pode ser desfigurado por interesses privados. A reação firme de moradores da Pampulha, se opondo à verticalização da área e a projetos comerciais que nenhum benefício trarão para a cidade, precisa ser levada em consideração pelas autoridades, a quem cabe o dever de zelar pelo patrimônio público. (Álvaro Fraga)

LINK SITE DO JORNAL ESTADO DE MINAS - VERTICALIZAÇÃO DA PAMPULHA

Flávia Ayer -
Publicação: 26/01/2012 06:00 Atualização: 26/01/2012 06:39

quinta-feira, 1 de março de 2012

E ATENÇÃO: MARCHINHA SUBVERSIVA EXPLODE EM ÂMBITO FEDERAL

Um grupo desconhecido de artistas subversivos postou recentemente uma marchinha carnavalesca chamada TOMARA QUE CAIA. A canção conta a história de um mito da cultura brasileira: ANA CAIANA, personagem folclórico adorado pela tribo dos Caras Pálidas e Sorrisos Amarelos.

A cancioneta já está bombando na Esplanada dos Ministérios, em Brasília e até Gilberto Gil já escutou lá da Bahia!!!

O vídeo abaixo é uma gravação amadora de um atentado terrorista realizado no domingo de carnaval no Audítório da Reitoria da UFMG, logo após o show da dupla curitibano-paulista Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz. A qualidade do áudio é sofrível, por isso foi legendado.

LINK DO YOUTUBE - ÁUDIO ORIGINAL - LEGENDADO

Abaixo, uma adaptação com o áudio da gravação em estúdio:

LINK PARA VÍDEO COM ÁUDIO DA GRAVAÇÃO EM ESTÚDIO - PICARETAGEM TOTAL

ENTREVISTA - PUC TV - 17/02/2012 - A VOLTA DAS MARCHINHAS


domingo, 26 de fevereiro de 2012

REUNIÃO DA CÚPULA DOS BICUDOS

Após a notícia de que Patrus Ananias, também conhecido como Santo do Pau Oco, decidiu apoiar a reeleição do síndico de nosso grande viveiro (ver anexo abaixo), a alta cúpula dos bicudos se reúne para decidir os próximos passos para a epopéia do curral eleitoral. Eis a commedia dellart:



REUNIÃO DE CÚPULA DOS BICUDOS:

- TUCANA AZIA: Gente... agora que aquele ministrilho dos pobres e injustiçados resolveu melar nosso equilíbrio ecológico parasitário, vamos ter que arranjar um bofe novo urgente pra nos representar!

- TUCANAÉCIO DE BICO GROSSO: Tens toda a razão, tia Zizi! Indicaremos o candidato mais natural, herdeiro darwiniano de nossa linhagem, medalha de honra ao mérito em vale tudo e na lei do mais forte: A altivez de seu topete impressiona fêmeas e machos de nossa espécie: Vossa excelência, Tucanastra Coxinhês.

- TUCANASTRA COXINHÊS: É uma grande honra ser indicado a cargo tão elevado na hierarquia tucana! Já comecei inclusive a preparar meu plano de governo. Medida número 1: cada sala de aula de cada escola tucanense terá direito a 3000 coxinhas por mês, com as opções de recheio: lagosta flambada, caviar e trufas brancas. Tudo da melhor qualidade, de fornecedor idôneo e de minha inteira confiança!

TUCANAÉCIO DE BICO GROSSO E TUCANA AZIA, após aprovação do grande chefe do bando dos tucanos TUCANO CHIQUE GARBOSO comemoram a plataforma de governo do TUCANASTRA COXINHÊS e todos se põem a cacarejar o novo slogan:

- UM BRINDE COM CHAMPAGNE E CAVIAR! TUCANASTRA COXINHÊS! "ESSE BURGUÊS É POPULAR"


Patrus decide apoiar Lacerda, mas sem o PSDB
25/02/2012 20h29
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LARISSA ARANTES/DA REDAÇÃO
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FOTO: CRISTIANO TRAD
A corrente petista Articulação, liderada pelo ex-ministro Patrus Ananias, decidiu apoiar a candidatura do prefeito Marcio Lacerda nas eleições municipais de outubro. O anúncio foi dado por Patrus no final da reunião que ocorreu em Belo Horizonte, neste sábado (25). A escolha teria sido feita com apoio da maioria dos membros da Articulação.

Ainda que seja a escolha de grande parte dos militantes, Patrus salientou que o conteúdo programático de governo, caso o PT da capital realmente caminhe ao lado de Lacerda, precisará ser rediscutido
Segundo Patrus, a decisão da Articulação é contrária à presença formal do PSDB na composição. “Nós não queremos e vamos trabalhar contra a aliança formal com o PSDB”, salientou o ex-ministro.

Sexta-feira (23), o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana,  apresentou um documento contendo oito exigências para integrar a aliança em torno de Lacerda. Entre os pontos, os tucanos afirmam que a legenda condiciona o apoio à escolha de um “vice-prefeito que encarne o espírito da aliança e não de projetos futuros de poder” e ao aumento da participação tucana na administração da capital, em caso de vitória.
LINK PARA MATÉRIA DO TEMPO

sábado, 25 de fevereiro de 2012

RECEITA DE COMO SE FAZ UM AXÉ DE SUCESSO!!!

Sensacional!!!
Uma verdadeira aula pra quem quer emplacar no ano que vem em Salvador!!!
Tudo bem explicadinho, com legendas!!!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA NA PUC-TV - O FENÔMENO DO RETORNO DAS MARCHINHAS

Belo espaço oferecido pela PUC-TV, no programa REVISTA, do dia 17/02/2012.
A entrevista começa por volta do oitavo minuto do programa.




CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O PROGRAMA DA PUC TV NO YOUTUBE

A CIRANDA DO INCENTIVO

As Leis de Incentivo à Cultura (nos âmbitos federal, estadual e municipal) são um resquício da mentalidade neoliberal e privatizadora do governo FHC que persiste e avança cada vez mais e torna toda a classe artística dependente de meia dúzia de empresas patrocinadoras e escritórios de produção e captação de patrocínios.

Há, em alguns casos, os Fundos de Incentivo, mas estes não são acessíveis aos artistas como proponentes individuais.

Vocês sabiam que, por exemplo, grande parte do conteúdo da programação produzida e exibida pela Rede Minas (emissora pertencente ao governo do estado de MG) é financiado via recursos da Lei Estadual de Incentivo? Sabem o que isso significa? Um jabá das grandes empresas patrocinadoras determinando o conteúdo que será veiculado em uma emissora pública, mas um jabá gratuito, pois é descontado nos impostos devidos a esse mesmo estado que é o dono da emissora.

Enquanto isso a classe artística vai se tornando uma espécie de "funcionalismo público acomodado", entrando nos esquemas, aprovando e captando projetos que não sequer divulgados ou circulam de fato pela sociedade brasileira.

Curtam aí o novo clip de Karina Buhr - CIRANDA DO INCENTIVO!!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

BASTA DE TANTA EXALTAÇÃO, PUXAÇÃO E CONFUSÃO!!! CHEGOU A VEZ DA MARCHA NA ESTAÇÃO!!!




O chamado "samba-exaltação" é um dos sub-gêneros do samba que adquiriu extrema importância no carnaval brasileiro, associado aos desfiles das escolas de samba cariocas, posteriormente também as paulistas. O gênero vem de longa data, com clássicos como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.

Curiosamente, o apogeu do "samba exaltação" e das competições das grandes escolas de samba, outro gênero musical carnavalesco, ainda mais antigo e outrora um fenômeno de execuções é o da "marchinha de carnaval". Há também as "marchinhas-exaltação", como a clássica Cidade Maravilhosa, homenageando o Rio de Janeiro, porém o gênero se destacou principalmente pelo tom crítico e jocoso, tocando em assuntos tabus e polêmicos relacionados à política, sociedade e comportamento.

As marchinhas, que ao contrário dos sambas-exaltação (que se prolongam por longos e sucessivos versos e estrofes para "esticar" a canção em função da duração média de um desfile na avenida), normalmente não duram mais que dois minutos e costumam ser "emendadas umas às outras" numa grande coletânea da memória de outros carnavais. Muitas delas são apenas um refrão. Ainda assim, trazem mensagens absolutamente criativas e elaboradas sobre a cultura brasileira, como crônicas de nosso cotidiano tupiniquim.

O "habitat" natural das marchinhas não é nos desfiles das escolas nas avenidas, mas nos blocos e cordões carnavalescos nas ruas das cidades, pequenos bailes de carnaval e festas promovidas pelos próprios foliões e reuniões de amigos.

O carnaval parece dar sinais de esgotamento ou cansaço do tempo das grandes escolas de samba e dos sambas-exaltação. Vários sinais são visíveis: Os altos custos, o trabalho e a burocracia para se desfilar ou assistir ao vivo os desfiles; a dependência dos eventos de apoios e patrocínios dos governos, prefeituras, bicheiros e empresas, tornando-se acima de tudo, um grande negócio; a confusão entre o espírito carnavalesco da festa e da confraternização celebrando a alegria com a das torcidas organizadas dos clubes de futebol, que promovem discórdia e violência em um momento que deveria ser de amor.

Há muito tempo que certos enredos um tanto suspeitos têm sido exaltados também. O exemplo mais atual é da escola de samba paulistana ROSAS DE OURO, que homenageia ninguém mais, ninguém menos que Roberto Justus, como "O Rei Justus". Enfim, os desfiles têm cada vez mais se transformados em eventos publicitários, puxa-sacos, burocráticos, caros e violentos.

O potencial crítico e divertido da marchinha de carnaval e a espontaneidade e naturalidade de organização dos blocos e festas carnavalescas faz com que esse gênero musical desponte novamente no cenário carnavalesco brasileiro, começando por explodir em uma cidade-zebra: Belo Horizonte, uma cidade que definitivamente até hoje não conseguiu ter um carnaval interessante e participativo, tentando compiar os modelos de nossos colonizadores cariocas e paulistas.

As marchinhas já não são mais peças de museu, mas estão ressurgindo por aí, comentando e discutindo assuntos de interesse e importâncias vitais com muito bom humor, dentro do melhor espírito carnavalesco: o da alegria e da celebração do prazer de viver.

Vida longa às marchas!!!

Leia a reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO sobre a vergonha da apuração da liga paulista:

Confusão interrompe apuração do Carnaval de SP

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DE SÃO PAULO
Atualizado às 18h47.
Uma confusão interrompeu a leitura das últimas notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo, no Anhembi (zona norte), na tarde desta terça-feira. Tudo começou quando um integrante de escola de samba invadiu a área onde as notas eram lidas, agrediu o locutor com um chute, pegou e rasgou os documentos com as notas. A confusão se espalhou, e a apuração terminou em vandalismo.
Representantes das escolas de samba se reuniram no Anhembi após a confusão, mas ainda não se sabe como ficará o resultado final do Carnaval.
Após o tumulto dentro do Anhembi, onde ocorria a apuração, torcedores invadiram parte da pista da marginal Tietê. Um carro alegórico foi queimado na dispersão do sambódromo, onde estavam as alegorias usadas nos desfiles.
O homem que provocou a confusão deixou a área antes de ser contido. Ainda não se sabe quem ele é, mas o rapaz usava uma camisa da Império de Casa Verde. A escola estava em 11º lugar até a interrupção, e não seria rebaixada para o Grupo de Acesso, a segunda divisão do Carnaval.
Policiais militares que estavam no local tentaram proteger os locutores e jurados, mas a confusão era generalizada. Integrantes de outras escolas também invadiram a área.
Depois, torcedores da Gaviões da Fiel invadiram a marginal Tietê, chutaram placas da cerca de proteção do pátio enquanto seguiam em direção à quadra da escola.
Enquanto isso, alegorias que estavam no estacionamento ao lado do sambódromo foram queimadas.

Reprodução/TV Globo
Homem invade área onde notas eram lidas, pega e rasga documentos; veja mais fotos
Homem invade área onde notas eram lidas, pega e rasga documentos; veja mais fotos
CLIMA TENSO
A apuração já havia começado com clima tenso, após um atraso de mais de 20 minutos. Representantes de cada escola foram convocados para uma reunião à porta fechadas, em que foi informada uma troca de jurados.
Segundo a Liga Independente das Escolas de Samba, jurados dos quesitos samba-enredo e mestre-sala e porta-bandeira foram substituídos por suplentes na quinta-feira, um dia antes do início dos desfiles do Grupo Especial. A troca é prevista no regulamento do Carnaval.
O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, reclamou da troca dos jurados e disse que isso deixou as escolas indignadas. "Nós não vamos aceitar isso. Estão roubando escolas, beneficiando essa daí [Mocidade], que só tira 10", disse.
No momento da interrupção, a Mocidade Alegre liderava a apuração e era a única com notas 10 em todos os quesitos avaliados.
Uma integrante da Camisa Verde e Branco identificada como Josélia gritou pouco após a interrupção "Acabou o Carnaval de São Paulo. Não vai haver mais apuração. Não admitimos que as escolas sejam roubadas."

Marcos Bezerra/Futura Press
Carro alegórico é destruído por incêndio após tumulto no sambódromo de SP; veja mais

MATÉRIA FOLHA DE SP - 19/02

Curiosamente (salvo, claro, poucas e honrosas exceções) sairam muito mais notícias sobre a emergência das marchinhas políticas em veículos de comunicação paulistas do que mineiros. Por que será?
Acho que vamos ter que começar a fazer marchinhas pro Kassab e pro Serra... que tal?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

ATÉ TU, JUSTUS?

REPORTAGEM REVISTA VEJA ONLINE

Rosas de Ouro põe Roberto Justus para sambar

Publicitário é destaque de enredo que faz tributo à colônia húngara no país

Ticiane Pinheiro e Roberto Justus no desfile da escola Rosas de Ouro, em São Paulo Ticiane Pinheiro e Roberto Justus no desfile da escola Rosas de Ouro, em São Paulo  (Fotoarena)
Enquanto a maioria das escolas paulistas voltará seus enredos para aspectos da cultura nacional, a Rosas de Ouro levará para a avenida o publicitário e apresentador Roberto Justus, com a justificativa de fazer um tributo aos imigrantes e descendentes húngaros do país.
Leia também: Ellen Roche chega para desfilar na Rosas de Ouro

Filho de húngaros imigrados, o publicitário dá nome ao enredo – O Reino dos Justus –, que conta a história fictícia do rei Janos, obrigado a deixar sua terra depois de ela ser invadida. Ele e seus súditos vêm para o Brasil em busca de justiça e paz, clichês sempre associados ao país.

Justus desfilará no último carro alegórico da escola, dedicado aos imigrantes, ao lado de sua mulher, Ticiane Pinheiro. O apresentador também estará no papel do Rei Mattias Corvinus, o Justo, bastante popular na história da Hungria

ATÉ TU, JUSTOS?

(Renato Villaça)

Até tu, Justus?
Até tu, Justus?
Esse ano comprou Rosas de Ouro em doze prestações sem juros!

O rei Justus é tão belo...
Com seu cabelo grisalho.
Tem Elianas e Adrianes no currículo do baralho.

O rei Justus é tão sábio...
É bem mais que um Aprendiz.
Dizem que vai pra Fazenda se casar com uma atriz.

O rei Justus é tão pop...
Já virou celebridade.
Por isso é que ele merece desfilar pela cidade.

O rei Justus é tão justo...
Mas seu fraco é demissão.
E agora foi admitido no desfile da estação.

Rosas de Ouro. (Zero! Nota Zero!)
Fez a grande confusão:
No enredo confundiu o momo com pantaleão.

Até tu, Justus?
Até tu, Justus?
Esse ano comprou Rosas de Ouro em doze prestações sem juros!

A Narcisa e a Brunete, vão ser as suas justetes.
E a louraça da Val vai no carro principal.

CLIQUE AQUI PARA ESCUTAR "ATÉ TU, JUSTUS?" NO SOUNDCLOUD

FOLHA DE SÃO PAULO - ÊTA QUE OS JORNALISTAS BEM QUE TÃO CURTINDO ESSE "M" "ERDA"!

Olhe o folclore de novo aí, gente!!!

Índice geral São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2012
Poder

Em Minas, políticos viram alvo de blocos de Carnaval

Marchinhas vencem concurso com crítica a atos de prefeito e presidente da Câmara

'Na Coxinha da Madrasta', por exemplo, faz chacota contra ato de Léo Burguês, presidente do Legislativo, que não quis comentar
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Políticos de Belo Horizonte foram parar na berlinda no Carnaval da capital mineira. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês (PSDB), viraram temas em marchinhas irreverentes e críticas aos dois políticos.

Ambos são alvo de ativistas que participaram recentemente de um concurso de marchinhas e, há três anos, fizeram ressurgir o Carnaval de rua em bairros tradicionais de Belo Horizonte, como Santa Tereza e Santo Antônio.

"Na Coxinha da Madrasta", a marchinha campeã do concurso, é um protesto contra ato do presidente do Legislativo. Foi hit nas prévias de blocos como Tetê a Santa e Mamá na Vaca.

A letra faz chacota dos gastos de Burguês com lanches na loja da madrasta -R$ 62 mil desde 2009 (R$ 1.500 por mês) em recursos da verba indenizatória para custeio do mandato. O jornal "O Tempo" revelou o fato.

Já Lacerda entrou na mira de ativistas e produtores culturais desde que tentou fixar regras para manifestações na praça da Estação, no centro.

Sem citar o nome do prefeito, a "Marcha da Estação" diz, em dó maior e melodia simples: "Começa com 'eme', termina com 'erda', adivinha o que que é!"

A tentativa de restringir o uso da área levou à criação da "Praia da Estação", movimento em que ativistas em trajes de banho promovem ocupações da praça de BH.

A marchinha terceira colocada, "Plaza de la Estación", também trata do assunto.

As novas regras de ocupação da praça foram derrubadas pela Câmara.

Lacerda disse à Folha que "marchinhas irreverentes serão sempre bem-vindas". "Fazem parte do nosso folclore".Burguês, segundo a assessoria, não quis comentar.



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O CARNAVAL JÁ COMEÇOU, E A MARCHA NÃO PARA!!! - MATÉRIA JORNAL O TEMPO

Bela matéria do JORNAL O TEMPO, de BH sobre as marchinhas políticas no carnaval. Grande satisfação pela nomeação oficial de legítimo representante do folclore da cidade! Antropólogos de plantão: podem me estudar!

Crítica.Carnaval em Belo Horizonte ganhou tempero diferente neste ano com as sátiras a fatos públicos
Marchinhas políticas renascem com escândalos e blocos de rua
Descontentamento da população com o prefeito e a Câmara inspiraram canções
Publicado no Jornal OTEMPO em 19/02/2012
LARISSA ARANTES

Um fenômeno que andava esquecido na capital mineira ressurgiu com força catalisado pelos últimos acontecimentos da vida pública: as marchinhas de Carnaval inspiradas na política. O incremento da folia nas ruas da cidade incentivou compositores a unirem criatividade e irreverência para abordar as polêmicas nas canções.
As composições inspiradas nas notícias da Câmara Municipal ou sobre determinações da prefeitura não só foram as campeãs do principal concurso de marchinhas de Belo Horizonte como são hinos de protesto em potencial.
"Na Coxinha da Madrasta"- feita após reportagem de O TEMPO revelar que o presidente da Câmara, Léo Burguês (PSDB), gastou R$ 62 mil de sua verba indenizatória, entre 2009 e 2011, com lanches produzidos pelo bufê da madrasta -, ganhou eco nos belo-horizontinos que não aceitaram a proposta de aumento salarial de 61,8% aprovado pelos vereadores no fim do ano passado.
Com o mesmo tom satírico, a "Marcha da Estação" critica a gestão do prefeito Marcio Lacerda, e protesta contra a determinação do Executivo de suspender a realização de eventos públicos na praça da Estação. A alegação era de que o patrimônio público estava sendo depredado pelos cidadãos. Depois, a prefeitura recuou e liberou o espaço.
Análise. As marchinhas de Carnaval voltaram à boca do povo e, segundo o folclorista e estudioso da música popular brasileira Carlos Felipe Horta, essa é uma consequência da retomada de costumes aclamados no passado. "Não só em Belo Horizonte, mas no Brasil inteiro, o que se observa é a volta do povo às ruas para celebrar o Carnaval e, com isso, as marchinhas também voltam com força total", explica o pesquisador.
Ainda que pareça para os jovens uma reinvenção da maneira de criticar a sociedade, Horta lembra que, mesmo antes da festa de fevereiro, essas composições já tinham um propósito.
"O tom satírico e político desse tipo de canção sempre existiu", destaca.
Resposta
Alvos. Marcio Lacerda disse ter recebido com naturalidade a marchinha porque "faz parte do folclore belo-horizontino". Léo Burguês não gostou. Pelo Facebook, afirmou que se sentiu ofendido e que a sátira é "obscena".
Esplanada
Rio. As marchinhas satíricas inspiradas em fatos políticos também estão espalhadas nos blocos do Rio de Janeiro. As sucessivas quedas de ministros
são um dos motes favoritos das canções.
Para ouvir as marchinhas, siga os links abaixo

http://soundcloud.com/ahcidade/lanche-do-burgues-na-coxinha
http://soundcloud.com/renato-villa-a/marcha-da-estacao-mp3
http://soundcloud.com/focs/plaza-de-la-estaci-n-de-luiz
FOTO: Divulgação
Para Carlos Felipe, marchinhas ressurgiram junto com a festa de rua
Fonte
Sátiras fazem parte da história
"Dois momentos da história minaram o fenômeno das marchinhas: a transformação do Carnaval em um acontecimento televisivo, principalmente na década de 90, e a censura da ditadura de 1964". A avaliação é do folclorista Carlos Felipe Horta. Segundo o pesquisador, esse tipo de composição de Carnaval existe desde 1899 e ganhou força a partir de 1920. Contudo, as passagens recentes que ele cita enfraqueceram a cultura da marchinha satírica.
Horta explica que, mesmo que ainda nos primeiros anos as músicas tenham surgido falando de amor e sem críticas sociais, o tom político não demora a fazer parte dos versos. "A marchinha tem como objetivo principal satirizar fatos do cotidiano e, em muitos momentos, o mote foi a política brasileira".
Esse é o caso de uma composição de Roberto Martins e Frazão, de 1946, intitulada de "Cordão dos puxa-sacos" que diz: "Lá vem / O cordão dos puxa-sacos/ Dando viva aos seus maiorais/ Quem está na frente é passado para trás/ E o cordão dos puxa-sacos / Cada vez aumenta mais".
A Revolução de 30 e a morte de Getúlio Vargas foram acontecimentos que inspiraram marchinhas, como "O barbado foi-se", "É, sim, senhor", "O trem atrasou" e "Trabalhar, eu não". Todas elas tinham, como pano de fundo, fatos da política. (LA)

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